sexta-feira, 11 de março de 2011

Fragmentos esquecidos numa memória insana (parte I/01)





E só quando você descobrir que é tão insignificante como qualquer outra coisa, percebe que pode fazer qualquer coisa. É claro que eu não sei o que impede os homens de se amarem, mas não farei críticas, falarei somente de mim, num etnocentrismo cego e voluntário.

Eu poderia cair no meio da rua, sentar no meio do asfalto, chorar em uma calçada e ninguém perguntaria ‘você está bem?’essa é a lei da indiferença.

Eu poderia sentar e esperar um abraço, eu pediria, insistiria, imploraria e ninguém me estenderia à mão, eu ficaria sem carinhos e sem conforto, essa é a lei da incompreensão.

Eu poderia mergulhar em problemas, ficar aflita, pedir socorro. Poderia precisar de sua ajuda, do seu companheirismo e você dizer “não”, essa é a lei do egoísmo.

Eu poderia lhe contar os meus segredos, repartir as minhas emoções, mostrar-lhe como sou e esperar retribuição e você moldaria o seu ser, esconderia a opinião para agradar alguém, quem? Essa é a lei da incerteza.

Eu poderia em uma noite qualquer, correr para um lugar qualquer por uma necessidade qualquer e tirar minha vida, e com a grande significância de minha insignificância isso não mudaria nada... essa é a lei dos homens.

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